terça-feira, 16 de novembro de 2010

O personagem


Ideais compartilhados com a minha não lucidez, um personagem dramático, cômico, cheio de malícias, manias, delírios, desejos e vícios. A lucidez já não me rege, e incapacidade de um sentimento verdadeiro me envolve, o desejo de manipular e brincar com os inexistentes sentimentos dominam os meus maiores vícios, meu sangue ferve, sinto o etílico percorrer cada estância do meu corpo dominando como uma sombra a minha alma perdida, solitária e vazia. Gargalhadas hilárias soam gravemente, uma risada medíocre e sintética insulta a inteligência daqueles que me cercam, enganando, corrompendo e matando aquilo que chamam de verdade. A insensatez idolatra, cria e envolve esse personagem que leva no olhar o desejo, no sorriso a malícia e no coração a mediocridade. Um personagem digno de dó e piedade.

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